Hoje decido uma nova etapa.
Uma mudança de ritmo e de sentir.
Prometo fazer aquilo que nunca antes tive coragem de fazer.
Eu, que não gosto de promessas, porque me parecem palavras vãs, faço uma promessa solene a mim mesma.
De hoje em diante, será diferente.
A partir de agora, tudo o que eu fizer, fá-lo-ei, essencialmente, por mim.
publicado às 01:22
Silêncio na escuridão dos meus dias.
Como se nada mais me dissesse o que quer que seja.
Cada acção parece-me uma traição aos meus intentos.
Cada decisão leva-me para mais longe, tão mais longe, daquilo que quero alcançar.
Parte de mim diz-me para esquecer.
Que se ainda não foi, já não é para ser.
O tempo passou e nada foi criado.
É inglório continuar a lutar.
É tolo desperdiçar energia, tempo.
Agarra o que tens.
São frases que me poderia dizer.
Mas a outra metade de mim sente-se a cair no abismo, sem ter nada a que se segurar.
Se desistir, o que me resta?
Para onde vou?
Que melhor alternativa a continuar aqui?
publicado às 23:53
Parto, sem bilhete de regresso, nem previsão de datas.
Deixo ao teu cuidado os objectos que não partilhamos.
Não levo bagagem. Já me basta o peso da minha consciência.
Quando voltar, não serei eu, mas uma transfuiguração daquela que já não quero ser.
Para já parto.
Pois aqui nada há mais para mim.
publicado às 23:52
Uma mulher sábia disse-me uma vez,
"A merda também faz falta.
Para o equilíbrio do planeta"
Não pude deixar de rir.
A merda também faz falta.
Faz.
Forma de nos libertar do que não presta, permite também reconhecer as moscas que dela vivem.
É útil. Pode estrumar canteiros de flores, se a reaproveitarmos.
Ou pode simplesmente ficar a feder o ar, se fingirmos que não a vimos, e a deixarmos à espera que o tempo a desintegre.
O que me levou a um novo voto/objectivo de vida:
"Aconteça o que acontecer, que eu nunca me torne mosca de merda alheia"
publicado às 23:25
Sabes uma coisa? Acho que desisti de ti.
Cansei-me de esperar por um sinal, por algo que, percebi, nunca vai acontecer.
Custa-me, como se me estivesse a arrancar um pedaço de mim, mas desisto.
Deixei de crer nos significados subliminares das tuas palavras, dos teus olhares.
Sei que na verdade nada há aí para mim.
Foi doce enquanto acreditei.
Por momentos senti que deixava de estar para passar a ser.
Agora estou de volta ao estar.
Estar a trabalhar. Estar a andar. Estar a dormir. Estar...
Mas já não sou de novo.
Ou sou. Sou de novo invisivel para mim mesma.
publicado às 00:10