Dia após dia, vivo uma permanente luta contra um monstro que me consome.
Tira-me a esperança, a confiança, as certezas.
Faz-me sentir cansada, baixa-me os braços, tira-me as forças e a capacidade de pensar.
Cada dia que passa, tenho a impressão que o tempo foi subaproveitado, minado pelas inseguranças. Tudo com a certeza que nunca será recuperado.
E o arrependimento corroi-me por dentro, servindo de novo peso ao dia seguinte, incapaz de tomar decisões na contabilidade das perdas de tempo. E nisso vou perdendo mais tempo.