Erros
Devia haver um limite de erros a cometer na vida .
Não um limite total, mas um limite por categoria de erro.
Qualquer coisa do género:
Tens cinco hipóteses para acertares com o trabalho certo para ti; o quinto vai surgir como uma grande oportunidade, é definitivamente teu e vais adorar.
Ou, tens três tentativas para te apaixonares; se à terceira ainda não correr bem, tens duas hipóteses - ou desistes de vez ou confias no destino e arranjamos- te algo que vai ser garantido. E nós escolhíamos a hipótese que nos parecia melhor.
A grande chatice é que eu tenho dificuldade em confiar nessas coisas do destino e tenho dificuldade em desistir do que sonho.
E lá vou eu, de erro em erro, jurando que este é o último. E que nesta não volto a cair. E...
E quando dou por mim, cá estou de novo neste beco sem saída que conheço demasiado bem.
E a chorar por dentro, que é como quem diz, a sentir-me invisível e a desejar não sentir isto nunca mais.
E a ter noção de que isto não é mesmo para mim, por isso vou concentrar as minhas energias no que vale a pena.
Pelo menos até aquele momento idiota em que decido, ok, só mais uma tentativa. E desta vez vai ser a sério.
E depois?
Bem, depois é só voltar ao início deste texto.